sexta-feira, 9 de abril de 2010

Novas profissões

De acordo com o globo online, o Ministério do Trabalho acaba de reconhecer 47 novas profissões na Classificação Brasileira de Ocupações. Dentre elas: tecnólogos em diversas áreas, como técnico e auxiliar de enfermagem da estratégia de saúde da família, chefe de cozinha, psicólogo acumpunturista, musicoterapeuta, guarda portuário, dentre outras profissões.
Entretanto, nem todas as profissões possuem regulamentação.
De qualquer forma, já é um modo de reconhecer e acompanhar as mudanças sociais, econômicas e culturais pelas quais o país vem passando, principalmente em relação ao mundo do trabalho.

Para ler a reportagem na íntegra clique aqui

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Professores de castigo???

Retomando o blog em 2010, vamos começar com um tema relacionado à Psicologia da Educação.
O título do post refere-se a uma reportagem publicada na Revista Época de hoje (clique aqui para ler a matéria). Resumindo: desde 2002 os professores da rede pública da cidade de Nova York (EUA) considerados incompetentes são colocados "de castigo" em uma sala descrita da seguinte forma na reportagem: "Não são exatamente locais aconchegantes. Tirando as carteiras típicas, nada lembra uma sala de aula. Não há livros, mapas pendurados na parede nem computadores. Algumas nem sequer têm janelas. Os professores são vigiados por dois seguranças e dois supervisores da Secretaria de Educação, têm horário para chegar e ir embora (o período corresponde ao dia de trabalho normal, das 8 às 15 horas) e não podem acessar a internet nem falar ao celular. Em resumo, fazem quase nada o dia inteiro."
Ao ler sobre essa forma de "castigo", logo pensei: em que isso pode colaborar para a sociedade? E para esses professores? O que eles aprendem com esse tipo de medida e de que forma passarão isso para os alunos quando voltarem a lecionar? Será que o "castigo" é a solução para professores incompetentes?
Durante essas horas em que eles não "fazem quase nada", será que não poderiam estar estudando? Lendo livros e aprimorando seus conhecimentos? Ouvindo palestras, participando de grupos, de forma a tornarem-se melhores professores do que eram antes?
Será que o castigo é a melhor forma de resolver um problema social?
É certo que o castigo, a punição são métodos bastante utilizados pela sociedade norte-americana (e não só), na qual ainda predomina uma visão comportamentalista.
Porém, não acredito que deixar um professor de "castigo" dentro desses moldes seja a solução, pois não vai na raiz do problema. E a raiz do problema muito provavelmente está na formação docente, nas condições de trabalho do professor (que aqui no Brasil são ainda mais graves), nos alunos, na sociedade...
Acho que o secretário de Educação de Nova York nunca ouviu falar em Psicologia da Educação, pelo menos não a que vimos pregando, estudando, discutindo nos congressos e ensinando a nossos alunos aqui.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Matéria sobre carreira/vocação

Muito interessante a matéria de capa da Revista Veja (Editora Abril) desta semana (11 de novembro de 2009).
Acho importante o tema ser tratado de forma séria. Foram entrevistados alguns dos principais nomes da Orientação Profissional no Brasil.
Além de explicar um pouco sobre a questão da vocação, a matéria também destaca a importância da orientação profissional (apesar de apresentar um teste, que como sabemos não deve ser utilizado como única fonte de "orientação", pois pode confundir mais a cabeça de alguém que já esteja confuso) e ainda traz um panorama dos cursos mais procurados no Brasil.
Vale a pena conferir!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Novidade!


O núcleo foi criado com o objetivo de proporcionar:
- o atendimento em orientação e reorientação vocacional para adolescentes e adultos
- cursos para estudantes de Psicologia/Pedagogia, psicólogos e pedagogos
- grupos de estudos

Em breve mais novidades!
Contato: elisagua@hotmail.com

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Adolescência e identidade

Caros leitores, segue abaixo um ótimo texto da psicóloga Rosely Sayão, publicado na Folha de São Paulo:

Adolescência e Identidade

"Ser adolescente não é fácil e meus pais não percebem isso", disse-me uma garota de 15 anos, chorando.
Concordo com ela, por vários motivos. De largada, eles foram considerados "aborrecentes", uma expressão que deve ser riscada do vocabulário, já que sugere que os jovens aborrecem os adultos com suas crises, mudanças de humor, rebeldias etc.
Com sua presença, enfim.
A quem considera os adolescentes desagradáveis, lembro que todo adulto já encarnou um, fato que costuma ser convenientemente esquecido. E lembro, também, que é preciso entender que deixar de ser criança significa, primeiramente, perder muita coisa.
A ansiedade que os jovens sentem com as mudanças que ocorrem no corpo deles não é coisa pequena nesse mundo em que a aparência é tão valorizada, por exemplo. Mas hoje vou conversar sobre o processo de crise de identidade nessa fase.
Os pais são o prolongamento da criança, já que tudo o que ela faz passa por eles. Perder esse apoio e referência tão fortes provoca vulnerabilidade e é trabalhoso porque significa construir e procurar sua própria identidade. Isso supõe testar capacidades, aprender a reconhecer limites e riscos, organizar sua relação com o grupo e reconhecer o que quer e o que pensa, entre outros processos.
Passar por isso com a fragilidade que os adultos vivem nesse tempo só torna as coisas ainda mais difíceis. Essa é a crise de identidade, uma das passagens inevitáveis desse período.
Para saber quem quer ser, o adolescente precisa saber quem são seus pais. Para chegar a um local desconhecido é preciso estar bem localizado, saber onde está e de onde veio, não é?
O espírito da lei recentemente aprovada no Senado, que permite aos filhos adotados conhecer dados de seus pais biológicos, é esse. O problema é que esse conhecimento tem sido complicado porque muitos pais não dão rumo aos filhos.
"Você escolhe, você é quem sabe, você decide" são expressões que os pais dizem com frequência a filhos pequenos acreditando que, com isso, lhes dão autonomia. Não. Desse modo, negam aos filhos o conhecimento de quem são e de onde estão e a própria condição de criança. "Sou praticamente um adulto", ouvi um garoto de nove anos dizer.
Para tornar-se adulto, o adolescente precisa passar por sua crise dentro da família para conseguir se organizar fora dela. Por isso, os pais precisam "segurar a onda", apoiá-lo e se fazer presentes não fisicamente sempre que o filho precisar.
A família precisa ser continente para o filho em crise, mas muitos pais estão "caindo fora", como dizem os jovens.
Ser impotente para se relacionar com o filho adolescente parece uma epidemia e isso só agrega dificuldade à já difícil tarefa deles -como reclamou a garota citada-, que só colabora para o adiamento da aquisição de uma identidade.
Um adolescente não pode ser como uma criança, assim como um adulto não pode ser como um adolescente. Precisamos encontrar soluções para esse duplo problema.

Queria pegar carona no texto dela só para fazer uma pequena observação e trazer para a minha prática em orientação profissional e meus estudos na área de família.
"Você escolhe, você é quem sabe, você decide" são expressões que os pais dizem com frequência a filhos pequenos acreditando que, com isso, lhes dão autonomia.
Esse tipo de atitude também ocorre entre pais e adolescentes no momento da escolha profissional.
Alguns pais têm esse discurso: "Você pode escolher qualquer coisa, desde que seja feliz". Mas o que é para eles "ser feliz"?
Percebo que muitos pais preocupam-se em não influenciar os filho na escolha profissional, mas acabam por se isentarem, muitas vezes deixando o filho "sem chão".
Concordo quando a Rosely Sayão diz que a família precisa ser continente para o adolescente. A liberdade excessiva para escolher, em alguns casos, pode gerar mais insegurança. O apoio dos pais/família nesse momento de escolha profissional é de grande importância para o desenvolvimento do adolescente e para que ele possa refletir sobre o seu futuro apoiado em uma base familiar.

OBS: Este texto também está publicado no blog da autora http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/ que é ótimo e tem textos muito interessantes. Eu recomendo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dica de site

Às vezes demoro para postar, mas sempre que encontro algo de interessante tenho vontade de trazer para cá (nem sempre dá por falta de tempo).
Descobri hoje o site "Educar para crescer" e gostei muito! Achei o conteúdo bastante interessante com ótimos artigos sobre o mundo da educação.
Encontrei um teste bem divertido: "Que livro é você?", bom para um domingo à tarde.
Voltado para alunos, pais, educadores e quem mais se interessar pelo assunto (como eu). Apresenta dicas para o vestibular, elucidações sobre o Novo ENEM... Recomendo.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Novo ENEM...

Esse tema está na mídia e "martelando" a cabeça de muita gente, principalmente dos jovens que vão prestar a prova esse ano e serão, de alguma forma, cobaias desse novo método de seleção nas universidades do país.
Não quero hoje colocar em questão a eficácia ou validade desse novo ENEM. O que me chamou a atenção foi a alteração do conteúdo curricular do Ensino Médio para dar conta da nova prova.
Diz o ministro da Educação Fernando Haddad no site G1 - Globo.com (clique aqui para ler a reportagem): "Não se trata de esvaziar o ensino médio dos conteúdos, mas abordá-los de forma a privilegiar a capacidade de raciocínio, de integração das áreas (...) Se um aluno compreende um fenômeno da natureza, sabe do que se trata, mas se esqueceu a fórmula que é geralmente decorada, ele vai conseguir por outros meios chegar à resposta correta. A ênfase deixa de ser a memorização para a capacidade de compreensão dos fenômenos da natureza, ou da história, ou da geografia ”.
Acredito que, se de fato o currículo mudar, no sentido de fazer o aluno pensar, refletir mais do que decorar o conteúdo, teremos aí uma "revolução" na educação de nível médio, que nesse caso só virá a contribuir para uma formação menos limitada de nossos jovens.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pós-graduação

Qual tipo de pós-graduação é ideal para você?

Esse é o título da atividade vocacional que eu elaborei e foi publicada no Almanaque de Pós-graduação da Editora OnLine.
O Almanaque funciona de forma semelhante ao Guia de Vestibular e engloba de forma bem completa cursos de pós-graduação em todo o Brasil. Eu recomendo!
A atividade vocacional tem por objetivo orientar, guiar o leitor a descobrir que tipo de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado, doutorado, etc) mas se adequa ao seu perfil e às suas necessidades.
A revista está à venda nas bancas. Quem tiver interesse no teste e não encontrar a revista, entre em contato comigo através do email: elisagua@hotmail.com

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pais de adolescentes

Estou um pouco desatualizada com o blog, mas pretendo voltar com tudo!
Esse ano estou iniciando uma pesquisa com pais de adolescentes. Atenção pais: quero ouvir vocês!
Portanto se você é pai ou mãe de um (ou mais) filho (a) adolescente, por favor, entre em contato comigo!
Em breve, maiores informações sobre a pesquisa!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sobre evasão escolar

Toda terça-feira leio a revista Megazine que vem junto com o jornal O Globo e vez ou outra há alguma matéria que me inspira a refletir e escrever.
A reportagem de capa desta semana fala sobre os jovens que saíram da escola e as diversas razões que os levaram a abandonar os estudos.
O motivo mais citado por esses adolescentes é a falta de interesse nos estudos, segundo a reportagem: "45,1% dos jovens entre 15 e 17 anos que estão fora da escola dizem que é por falta de interesse". Ou seja, quase metade daqueles que abandonam os estudos o fazem por não se sentirem motivados com as aulas, ou, como disse uma das entrevistadas, porque "falta atrativo".
Esses dados nos fazem pensar a respeito daquilo que está sendo oferecido aos jovens no Ensino Médio... o que falta para atrair os jovens à escola? Sim, muitas vezes faltam professores interessados, falta qualidade, falta incentivo ao ensino profissionalizante (que liga a escola ao mundo do trabalho), falta a consciência de que a escola deve formar cidadãos...