A questão das influências familiares deu o que falar... Pois é, quantas vezes não ouvimos frases do tipo: "Seu avô foi advogado, eu sou advogado e você também tem que ser, para seguir o exemplo da família e tocar o escritório", ou "Seu pai é médico, já tem consultório cheio de pacientes, você não vai fazer medicina????", ou ainda "Quero que meu filho seja engenheiro, já que eu não pude estudar, quero que ele tenha um futuro melhor" (qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência).
Crescemos com uma série de desejos e expectativas que nos são depositados talvez desde o momento da concepção, não só por nossos pais e familiares, mas também por nosso meio social, a mídia, a religião... Diante de tantas influências externas, saber quais são seus próprios gostos, interesses, sua identidade não é tarefa fácil.
Em um comentário do blog me perguntaram se eu não acho que os pais poderiam, antes mesmo da adolescência dos filhos, prepará-los para seus trabalhos futuros, isto é, sempre que houver uma oportunidade irem falando sobre as profissões. Acho que sim, e acho até mesmo que se esse tipo de trabalho começasse bem cedo, com um carácter preventivo, muitos adolescentes não ficariam tão perdidos e não chegariam tão desinformados ao momento da escolha profissional. Nesse sentido, acho que essa seria tarefa não só dos pais, mas da escola. Nos Estados Unidos existe o Career Education (ou educação para a carreira), que consiste em desde cedo educar as crianças e jovens para o mundo do trabalho. Em nosso país, infelizmente ainda há muito pouco a se falar sobre isso.... Mas isso é assunto para uma próxima vez...